O desenho já existia quando o Acre era um território brasileiro, e não um estado. Apenas a “estrela solitária” foi acrescentada depois, para representar a participação do estado no País. Tem a cor vermelha como simbologia da luta para a anexação ao Brasil.
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Bandeira de Alagoas
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Para as faixas foram escolhidas as três cores da Revolução Francesa, que representam os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O brasão central remete às riquezas do estado: cana-de-açúcar, algodão e pesca. São três garoupas em homenagem às três principais lagoas da região: Mundaú, Manguaba e Jequiá.
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Bandeira do Amapá
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O símbolo gráfico à esquerda tem o formato exato da Fortaleza de São José, a maior da América Latina. A construção está ligada à história do estado porque foi a principal responsável pelo desenvolvimento da capital Macapá.
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Bandeira do Amazonas |
São 25 estrelas porque na data de criação, em 1897, eram 25 os municípios do estado. A bandeira informal continha apenas o azul e o branco. Entrou o vermelho, cor de combate, pois naquele ano a bandeira seria levada pelo batalhão militar amazonense para a Guerra de Canudos, na Bahia.
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Bandeira da Bahia
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A bandeira tem as cores da Revolução Francesa e o triângulo, que, apesar de poder ser entendido como a Santíssima Trindade, também era usado pela maçonaria para representar os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Foi criada para ser estandarte do Partido Republicano no estado.
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Bandeira do Ceará
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Usar o modelo nacional com a arma do Ceará na esfera foi iniciativa de um cidadão patriota, na falta de um símbolo estadual. Mais tarde o estado adotou a ideia dele. No brasão central destacam-se o farol, que representa Fortaleza, a jangada, símbolo do cearense, e a carnaúba, para lembrar da importância do extrativismo.
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Bandeira do Espírito Santo
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Apesar de nada usuais, as cores do estandarte capixaba foram escolhidas por serem as mesmas do manto da padroeira da capital, Nossa Senhora de Vitória. A inspiração religiosa fica clara também na frase central. É inspirada na doutrina de santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus: “Trabalha como se tudo dependesse de ti e confia como se tudo dependesse de Deus.”
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Bandeira de Goiás
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De inspiração norte-americana, a bandeira goiana traz no canto superior esquerdo o cruzeiro do sul, constelação bem visível no céu do estado. O poeta Joaquim Bonifácio de Siqueira, que organizou o desenho em 1919, é autor também do hino de Goiás.
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Bandeira do Maranhão
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Não há dúvidas de que o poeta Sousândrade, republicano fervoroso, tenha se baseado na bandeira dos Estados Unidos, onde morou, para criar a do seu estado. Justifica-se as cores como a união das etnias: branca, negra e indígena. Sousândrade foi importante poeta, mas acabou pobre e considerado louco.
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Bandeira do Mato Grosso
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É uma das bandeiras mais antigas do Brasil. Criada pouco depois da Proclamação da República pelo presidente da província, reorganiza o desenho e as cores do estandarte nacional. A ideia de usar a estrela que representa o Mato Grosso na bandeira brasileira é repetida em vários outros estados.
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Bandeira do Mato Grosso do Sul
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O autor de uma das nossas bandeiras mais ousadas, Mauro Miguel Munhoz, explicou assim o desenho: “Entre o verde e o azul, na convergência prática de todas as nossas atitudes, nós somos a faixa branca do porvir, a alvidez serena da amizade entre os povos”.
Criação dos inconfidentes, ainda no século 18, para ser a bandeira da república que planejavam. No interrogatório a que Tiradentes foi submetido antes da forca, parguntaram qual o significado do triângulo que idealizou. Ele responde: “a Santa Trindade”. Alguns historiadores acreditam que ele tivesse pouco conhecimento da nomenclatura católica, “Santíssima Trindade”, e que o símbolo estivesse ligado à maçonaria.
Não é fato conhecido no resto do País, mas em Belém havia forte corrente republicana ainda no Império. No mesmo ano da proclamação da República a bandeira dessa corrente, o Clube Republicano Paraense, tremulou como símbolo do estado. A faixa branca remete tanto à linha do Equador quanto ao rio Amazonas.
A palavra “nego” representa a negação do governador João Pessoa a apoiar os velhos oligarcas de sempre, paulistas e mineiros, à presidência da República nos anos 1920. Pouco depois, quando seu candidato Getúlio Vargas chegava ao poder, João Pessoa era assassinado. O crime passional não teve ligação com política, mas o nome da capital e a bandeira do estado mudaram em sua homenagem. A faixa preta simboliza o luto.
A faixa branca que corta o retângulo verde está relacionada ao Trópico de Capricórnio que atravessa o Paraná. A exemplo da bandeira nacional, a esfera celeste ao centro tem a mesma inclinação do céu visto em Curitiba na data da criação do estado, 29 de agosto de 1853.
Quando revolucionários proclamaram uma república em Pernambuco em pleno Império português, o símbolo que criaram para a nação tremulou por pouco tempo - logo o movimento foi abafado pelas tropas monarquistas. Cem anos depois, em 1917, o estado lembrou do feito e adotou a bandeira dos republicanos adiantados.
A data abaixo da estrela só foi inserida na bandeira em 2005. Nada tem a ver com a criação do estado, mas sim com um episódio acontecido no território piauiense. A batalha de Jenipapo, em 13 de março de 1823, garantiu que o Norte do País aderisse à Independência do Brasil.
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Bandeira do Rio de Janeiro
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A bandeira foi adotada apenas em 1965. Abriga ao centro o brasão do estado, que tem a inscrição: “Recte Rempublican Gerere” (gerir a coisa pública com retidão, em latim). O desenho remete à baixada fluminense e ao litoral. As montanhas têm a silhueta da Serra dos Órgãos, com destaque para o pico Dedo de Deus.
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Bandeira do Rio Grande do Norte
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Acredite: o planejamento da bandeira potiguar é obra do patrono maior deste almanaque (
Almanaque Brasil ), o folclorista Câmara Cascudo (1898 - 1986). Foi instituíta em 1957 para abrigar o brasão do estado. A jangada, no centro da arma, é cercada por espécies de coqueiro, carnaúba, cana-de-açúcar e algodão.
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Bandeira do Rio Grande do Sul
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Assim como Pernambuco, o Rio Grande do Sul resgatou a bandeira que os farropilhos criadores da República Rio-Grandense haviam criado, em 1835. Os revolucionários, no entanto, não deixaram nenhuma explicação para as cores. A única modificação em relação ao antigo símbolo é que o brasão do estado foi adicionado no centro.
O símbolo rondoniense foi escolhido em um concurso público de 1981. O vencedor foi um arquiteto da capital, Sílvio Carvajal Feitosa. Sintetiza a criação do estado: “é a mais nova estrela brilhando no céu da União”, explicou o autor.
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Bandeira de Roraima
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A maior parte de Roraima fica acima da linha do Equador, que corta o Estado. É essa a simbologia da faixa vermelha na parte de baixo da bandeira. O estandarte é dos mais recentes, instituído em 1996.
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Bandeira de Santa Catarina
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Durante o Estado Novo, ditadura de Getúlio Vargas, as bandeiras estaduais foram queimadas. Depois de oito anos proibidas, puderam voltar a tremular em 1945. A de Santa Catarina foi a única a mudar de versão, depois do intervalo. Antes o centro do losango era preenchido por estrelas amarelas, cada uma representando um município
Essa era a proposta do republicano Júlio Ribeiro para ser o estandarte nacional: “Ela simboliza de modo perfeito a gênese do povo brasileiro, as três raças de que se compõe - branca, preta e vermelha”. Rejeitada na época, acomodou-se para o estado de São Paulo. Lê-se em decreto: “Significa que noite e dia [campo burelado de preto e branco] nosso povo está pronto para verter o seu sangue [cantão vermelho] em defesa do Brasil.”
As estrelas aqui representam os principais rios do estado: Sergipe, Vaza-Barris, São Francisco, Poxim e Cotinguiba. A criação da bandeira é de um antigo industrial que queria identificar seus barcos como sergipanos. O desenho dele criou popularidade e depois foi oficializado.
Apesar de ser o mais recente estado brasileiro, a bandeira não é a mais nova - foi criada em 1989. A intenção ao se colocar o sol centralizado era passar a ideia de que o jovem estado seria terra de oportunidades para todos.
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Bandeira do Distrito Federal
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Foi Guilherme de Almeida, poeta concretista, quem elaborou a atual bandeira do Distrito Federal. A Cruz de Brasília, ao centro, simboliza a herança indígena e a força que emana do centro em todas as direções.